Nas trilhas do caminho Tudo tem seu tempo, sua hora, Sua alegria exata, seu sustento. Rosa in "Feito rio menino"


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Papiro azul ao luar do infinito


O coração que tem sábios sentires
E sutilezas tais é que é capaz de captar
Na delicadeza da manhã a alegria presente
Os olhos que de contente saltitam e se agitam
Tal qual criança em dia de festa
Brincando na alegria no quintal da vida que cresce,
Que se espalha, irradiando novos tempos de ar puro.

Sol muito sol, o céu aberto azul me abraçando de infinito,
De vital cantiga neste instante, azul
Imenso, sem nome sem preço monetário,
Precioso presente do Batuta Maior!

Esse mar, esse rio imenso de saudades,
Meus cantares onde estarão?
Teus olhares de aurora, teus pés descalços na areia
Limpa do meu chão, chão de amor e de estrela.

Meu sal, tempero de som e poema de azul,
Teus saberes, sabores de sabedoria ancestral, divino
Manjar, marejar de silêncio e maresia...na cor do dia
Que se debruça pela janela límpida dos olhos d’agua
De meu ser em celebração, serena magia de luz.
O sol a pino, o brilho de água pura, cristalina
De imensa vida para todos, amor.
Cantarolar de azul amarelo verdejante de ameno sorriso
Despojado encantamento sem mais a dizer
Apenas o silêncio desenha rabiscos de som,
Na ternura de ser tear de canção, vibrando.

Oração sussurrada no ouvido da tarde,
beleza sem dor, sem nome, sem tempo de contar
apenas ecoar a solar melodia deste dia.

O ar, amar, amar, cantarolar emoção e riso,
Abraços e mergulhos, muito azul,
Imenso sol de alegria...
O papiro da cantiga primeira está perto,
Ao nascer do dia inteiro que virá livre
Em canção de plena Liberdade completando
A harmonia desta sinfonia de mar à luz do singelo luar.

Rosa Bautista

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