Nas trilhas do caminho Tudo tem seu tempo, sua hora, Sua alegria exata, seu sustento. Rosa in "Feito rio menino"


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Um flash no tempo da arte

(ou apenas um sopro de ternura no tempo) 

Arte e tempo
Tempo na arte quem sabe
Talvez um verso tímido mas piscando
No cantinho da janela...

A paisagem despercebida
Os olhos atentos
Os detalhes do foco, a cor exata da emoção
Incontida, delicada, presente
A textura de cores, nuances do som e o movimento
Dos objetos, dos seres, o vôo dos pássaros, o azul enfim

Tudo o olho capta, o coração sente, decodifica, escreve
Relembra imagens da infância, dos amores inocentes,
As crianças que livre brincavam de amarelinha
na pontinha daquela rua naquela manhazinha...
o tom da voz daquela moça, 
o cabelo amarrado num laço vermelho,
o olhar vivaz, inconfundível...

detalhes sutis que só os olhos e a alma sentem,
desenham, emolduram na lente desse flash ligeiro...

contar uma estória, fazer o recorte exato, despertar as mentes
mostrar os fatos, os desafios desde um olhar atento, vibrante,
construindo sonhos possíveis, demasiadamente fortes para esquecer,

fotografar fragmentos, rabiscos, cores e tons num flash
como se quisesse capturar a vida num instante fugaz,
de pura poesia e encantamento
nesta dura trilha ao pé da aurora
que vem sem falta 

pois o dia desperta

e a arte se faz  presença marcante,
descoberta,
espontânea na risada,
alegria de contente,
vivacidade pura
pois é feito pincel
na sutileza
dos espaços de liberdade que vai abrindo por onde passa
tal qual sopro de ternura no ar.

Rosa Bautista  


Um comentário: