O
rio das águas claras, barrentas,
O
rio da cor escura de negras pinceladas
De
fluida energia,
No
murmúrio de água que muda e se move
Ondas
no sulcar da embarcação no meio do rio
Levam
a vida a silenciosa a deslizar
Serenidade
e persistência ao passar.
Ler
e captar os desejos do rio
Suas
vozes sutis e presentes
Seu
lamento pulsante
Sua
força de água sagrada, avassaladora
Se
faz presente
O
rio alimenta, sustenta,
dá
o peixe, o nado, o brincar do curumim
O
deleite da visão,
a inspiração da vida simples, singela emoção
A
vida flui
O
olhar se expande, se ensandece, transpõe limites,
Tênues
convenções, azuis de esperança são os sonhos,
Assusta
e acolhe ao mesmo tempo.
Aprender
a nadar se faz urgente
Pois
a travessia é longa, os dias poucos
Urge
a vida
A
vida que brota, que nasce
Se
expande, se mostra
Doce
e forte
Qual
raio de sol no espelho d’ água
Encantado!
Rosa Bautista
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